Transtorno de acumulação compulsiva muito comum em pessoas que sofrem ou sofreram com algum trauma ou condição clínica, caso você ou alguém próximo a você tenha esse problema, procurem ajuda médica especializada.
No final do post tem um vídeo muito iluminador do canal Minutos Psíquicos (Psychic Minutes), no Youtube.
No transtorno de acumulação compulsiva, a pessoa tem muita dificuldade em descartar ou se desfazer de posses, fazendo com que os objetos se acumulem, desorganizando áreas de convívio e impossibilitando seu uso.
Diferentemente de colecionadores, a pessoa acumula coisas de forma desorganizada e tem dificuldade de se desfazer de coisas de pouco valor.
O médico diagnostica o transtorno quando a pessoa acumula posses em excesso, tem grande dificuldade de se desfazer dessas posses e sente muita angústia ou sofre diminuição da capacidade funcional devido a essa acumulação compulsiva.
Determinados antidepressivos e a terapia cognitivo-comportamental podem ajudar.
Os sintomas da acumulação compulsiva frequentemente começam durante a adolescência. O transtorno pode ser leve inicialmente, mas pode piorar gradativamente conforme a pessoa envelhece, causando problemas substanciais ao redor dos trinta anos de idade. Acredita-se que entre 2% e 3% das pessoas apresentem esse transtorno. Sua prevalência é a mesma entre mulheres e homens.
Sintomas
A pessoa que sofre de transtorno de acumulação compulsiva sente uma necessidade forte de adquirir e guardar objetos e fica muito angustiada quando é forçada a se desfazer deles ou até mesmo quando pensa em se desfazer deles. A pessoa não tem espaço suficiente para acomodar todos os objetos acumulados. As áreas de convívio ficam tão lotadas e desorganizadas que não é possível usá-las, exceto para guardar os objetos acumulados. Por exemplo, pilhas de jornais acumulados podem encher a pia e cobrir bancadas, o fogão ou o chão da cozinha, impedindo que a cozinha seja utilizada para cozinhar.
A acumulação compulsiva interfere com a capacidade da pessoa de executar atividades em casa e, às vezes, no trabalho ou na escola. Por exemplo, é possível que a pessoa com transtorno de acumulação compulsiva não permita que outras pessoas, incluindo membros da família, amigos e técnicos, entrem na casa porque ela se sente constrangida pela acumulação. A desordem pode ser um risco para incêndios e à segurança e é possível que a residência fique infestada por pragas. Algumas pessoas percebem que a acumulação compulsiva é um problema, mas muitas não.
Na acumulação compulsiva de animais, a pessoa acumula mais animais de estimação que o lugar permite, sem conseguir alimentá-los nem prestar atendimento veterinário. A pessoa deixa os animais viverem em situações anti-higiênicas. Frequentemente, o local fica abarrotado de animais e eles perdem peso e/ou adoecem. No entanto, muitas pessoas com o transtorno não reconhecem que não estão tomando o devido cuidado dos animais. As pessoas que sofrem de transtorno de acumulação de animais costumam ser bastante apegadas a eles e não querem abandoná-los.
Sem tratamento, os sintomas normalmente persistem durante toda a vida, com pouca ou nenhuma alteração.
Diagnóstico
Avaliação de um médico com base em critérios diagnósticos específicos
Os médicos diferenciam o transtorno de acumulação compulsiva de uma acumulação temporária de objetos e desorganização (por exemplo, quando a propriedade é herdada), porque a acumulação compulsiva persiste. Ela difere da coleção de objetos (como livros e figurinhas) porque a acumulação compulsiva, diferentemente da coleção, é desorganizada e interfere com a capacidade da pessoa de utilizar os cômodos em desordem.
O médico diagnostica o transtorno de acumulação compulsiva quando. A pessoa tem muita dificuldade em descartar ou se desfazer de posses, independentemente de seu valor real.
A pessoa guarda objetos principalmente porque ela sente que precisa fazê-lo, independentemente do valor do item.
As posses acumuladas congestionam e causam desorganização nas áreas de convívio (não em porões ou áreas de armazenamento) e interferem com o uso dessas áreas para seu objetivo pretendido.
A pessoa se sente muito angustiada com a possibilidade de ter que se desfazer de qualquer de seus bens e/ou a acumulação compulsiva diminui sua capacidade funcional (por exemplo, no trabalho, na família ou com amigos).
Tratamento
Determinados antidepressivos
Terapia cognitivo-comportamental
O tratamento com inibidores seletivos de recaptação da serotonina (um tipo de antidepressivo) pode ajudar.
A terapia cognitivo-comportamental com foco específico no transtorno da acumulação compulsiva também pode diminuir os sintomas. Por exemplo, é possível que médico tente ajudar a pessoa a descartar os itens, se abstenha de adquirir novas posses (caso a aquisição excessiva seja um problema) e melhore sua capacidade de tomar decisões.
Uma vez que muitas pessoas não querem parar de acumular, o médico precisa utilizar técnicas motivacionais para ajudar a pessoa a participar do tratamento.
Por Katharine A. Phillips , MD, Weill Cornell Medical College;
Dan J. Stein , MD, PhD, University of Cape Town
Texto e adaptação por Val F Allstarpixel.
Fontes:
Minutos Psíquicos (Psychic Minutes)
Sources and more information:
Mayo Clinic
200 First St. SW
Rochester, MN 55905
International OCD Foundation
PO Box 961029, Boston, MA 02196
617.973.5801